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Elizabeth II é a atual rainha do Reino Unido e de outros quinze Estados independentes. Com mais de noventa anos de idade e mais de sessenta anos como regente, cerca de 14 primeiros-ministros já atuaram ao seu lado e, sem sombra de dúvidas, uma das monarcas com o reinado mais longo. Seus 67 anos à frente da coroa britânica estão próximos do reinado de João II de Liechtenstein que reinou 70 anos de 1858 até 1929 e dos 72 anos de Luís XIV que reinou até 1715. Mas o que acontece quando ela falecer? 

A coroação de Elizabeth foi inesperada. Ela era a terceira na linha de sucessão atrás de seu tio, Eduardo VIII, e de seu pai, Jorge VI. Mas surgiu uma série de imprevistos. O rei Jorge V, avô da monarca, morreu em 1936 e Eduardo VIII ascendeu ao trono britânico. Mas a paixão do trono inglês para com a plebe é algo que remonta de Henrique VIII e Ana Bolena. Eduardo VIII se casou com uma socialite estadunidense, Wallis Simpson, e isso exigiu a abdicação do trono. 

Jorge VI, pai de Elizabeth, sobe ao trono e ela se torna a herdeira óbvia, já que o rei não tinha filhos homens. O enorme estresse de guerra, o tabagismo, um câncer de pulmão e doenças de coração levaram o seu óbito com apenas 56 anos. A jovem rainha iria assumir com apenas 26 anos de idade o trono. Mas estamos nos adiantando. 

Sua vida pública começou muito cedo, no terrível contexto da Segunda Guerra Mundial. A valente família real não seguiu os vários conselhos de partir pro Canadá para ficar em segurança. ““As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o Rei. E o Rei nunca partirá” declarou a rainha ao público sobre a não partida. 

Com apenas 14 anos, a jovem elizabeth falou na rádio BBC na Children’s Hour para todas as crianças do Reino Unido sobre os bombardeios e o terrível contexto de guerra: “Estamos tentando fazer tudo o que pudermos para ajudar os nossos valentes marinheiros, soldados e aviadores, e também estamos tentando suportar a nossa quota de perigo e tristeza da guerra. Sabemos, cada um de nós, que no final tudo ficará bem.”

Aos 16 anos, ela visitou os Grenadier Guards, tropas de elite da infantaria britânica, tropa que ela havia sido nomeada coronel no ano passado. Na proximidade da sua maior idade, aos 18 anos, ela ganhou o direito de atuar no Conselho do Estado caso seu pai ficasse incapaz ou estivesse ausente, como na sua viagem a Itália em 1944. A jovem herdeira começava a atuar como uma regente. Em 1945, ela se juntou ao Serviço Territorial Auxiliar servindo como mecânica e motorista de caminhão. 

Felipe da Grécia e da Dinamarca, primo em segundo grau da futura rainha, conheceu Elizabeth quando ela tinha apenas 13 anos. Eles se apaixonaram e passaram a trocar cartas até se tornarem noivos em 1947, depois de 6 anos do primeiro contato.

O casamento gerou enormes repercussões. Felipe era estrangeiro, era ortodoxo grego e embora fosse nobre, sua família estava em plena decadência, além de várias irmãs casadas com nobres alemães ligadas ao nazismo. Apesar da sua conversão e da adoção do sobrenome inglês da sua mãe, Mountbatten, o casamento não foi aconselhado, mas como ele não era plebeu, ela não precisou abdicar para casar. Apesar do marido ter o nome Mountbatten, com a coroação depois da morte do pai, o nome da casa continuou a ser “Windsor” o que é estranho, pois o comum eram as rainhas aderirem aos nomes dos maridos. Ele reclamou por ser o único homem em toda Inglaterra que não podia colocar o nome nos filhos.

Mas a pergunta permanece. O que acontecerá depois que a próspera Rainha Elizabeth II não estiver mais entre os vivos? Existe uma operação chamada The London Bridge is Down, cuja tradução seria a ponte de Londres caiu, desde 1960 com todos os protocolos necessários a serem seguidos no caso disso acontecer.

Sir Chrisopher Geidt, secretário pessoal de Elizabeth III, avisa ao primeiro-ministro, que atualmente é o Boris Johnson, sobre o falecimento da monarca. O protocolo foi ativado. Toda a cadeia de comando inglesa precisa entrar em ação para o processo que leva dias para terminar. 

Todos os chefes de estado dos 53 Estados do Commonwealth, uma comunidade formada quase exclusivamente por ex-colônias do antigo Império Britânico cujo chefe é o monarca britânico e então um alerta de rádio informa ao Associado de Imprensa e a rede BBC. Funcionários próximos à rainha recebem apenas duas palavras para saber o que aconteceu: London Bridge. Outros funcionários públicos recebem mais palavras: London Bridge is Down. 

Nesse momento, os funcionários reais podem colocar a mensagem no site da família real e uma placa é colocada na frente do palácio de Buckingham. O público agora já sabe e os britânicos podem chorar a morte da sua monarca. E eles tem muito tempo para chorar. São pelo menos 12 dias oficiais de luto, momento em que a Grã-Bretanha para quase que completamente. Mesmo o banco e as bolsas de valores devem ficar inoperantes. Um custo de bilhões para a economia britânica da qual a operação London Bridge is Down deve estar preparada. 

O funeral da rainha deverá ser feriado nacional, e em contextos de pandemia, uma aglomeração gigantesca em exibição pública de tristeza. Assim como também deverá ser feriado o dia da coroação do próximo na linha de sucessão: Charles Philip Arthur George, mais conhecido como o Charles, príncipe de Gales. O príncipe de 78 anos nasceu um ano depois do casamento de Elizabeth II com Felipe da Grécia e da Dinamarca.

Na mesma noite do funeral da mãe, Charles deverá fazer um pronunciamento público. E agora ele deverá escolher seu nome como monarca do Reino Unido e chefe da Commonwealth, ele também se torna monarca de 15 países da mesma Commonwealth. Ele pode escolher seu próprio nome, se tornando o rei Charles III ou escolher outro entre seus nomes: Philip, Arthur ou George. 

O filho mais velho de Charles com sua falecida esposa princesa Diana, o príncipe William, assume, com 38 anos, o primeiro lugar na sucessão. Casado desde 2011 com uma membro da nobreza, ele já tem dois filhos, Jorge de Cambridge e Luís de Cambridge, que entram nessa ordem para a linha de sucessão real. 

Mas calma lá, embora bem velhinha, não há sinais de que a ponte de Londres cairá em breve. É há várias suposições que Charles deverá abdicar para o seu filho caso Elizabeth II venha a falecer enquanto ele estiver vivo. Há registros de mulheres na família real britânica que viveram mais de 100 anos. Elizabeth ainda está com 93 anos ainda.